Adolecente Assassino de Novo Hamburgue

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O adolescente assassino de Novo Hamburgo

O que leva um adolescente de 16 anos a assumir a morte de 12 pessoas? Você vai conhecer agora a história de um jovem que assombrou o Brasil esta semana.
“Eu resolvi começar a matar. Daí eu não parei mais”, conta o rapaz. “Ele aperta o gatilho com extrema facilidade e parece até que ele não tem noção do que é uma morte”, afirma o delegado Enizaldo José Plentz. Esse é o perfil que os policiais fazem do adolescente assassino de Novo Hamburgo, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Nesta semana, o jovem, de 1,60 m e 50 quilos, confessou que nos últimos oito meses matou nada menos que 12 pessoas. A polícia afirma já ter provas do envolvimento dele em seis assassinatos. A última vítima do adolescente foi Elúcio Miranda Ramires, de 39 anos, morto na segunda-feira passada com 20 tiros. O comerciante teria proibido a entrada dele em um bar. “Ele me deu um tapa na cara. Dei um monte de tiro nele. Por vingança”, diz o menino. Repórter: O que surpreendeu o senhor no depoimento dele?
Delegado: A frieza, a forma premeditada e ao mesmo tempo espontânea. Ele não entra em contradições. Na escola onde o adolescente estudou, ninguém desconfiava que ele pudesse ser tão violento. “Ele era muito tímido, não se abria, pouco conversava, não tinha muitas relações de amizade dentro da escola”, lembra a professora Margarida da Silva. Em 2005, largou de vez os estudos, nem chegou a terminar a quarta série. “Ele reprovou esse ano, porque tinha muitas dificuldades de aprendizagem”, explica a professora. O adolescente, que nos últimos dois anos morava com o pai, tem parentes envolvidos em crimes. A mãe já esteve presa por tráfico de drogas. Ela tentou entrar com maconha em um presídio onde estavam os irmãos. Por telefone, ela aceitou falar com o Fantástico. Repórter: A senhora se sente responsável pelo que aconteceu com seu filho?